A busca do equilíbrio entre razão e emoção.









Até que ponto você se considera um ser racional?

Um questionamento aparentemente simples de responder, mas pensar em sensibilidade vai muito além de um simples sentimento.

Historicamente temos uma clássica oposição entre razão e sensibilidade/emoção, cravada desde o século XVIII até os dias de hoje, colocando a razão hierarquicamente superior a qualquer outra capacidade humana, inclusive a sua capacidade de sentir.

 Mas essa luta é fruto de uma sistematização que busca uma certa organização, logo se levarmos em consideração os sentimentos estaríamos em uma esfera desorganizada, já que o mundo das emoções são ditados pelas sensações, que por sua vez, são informações que os nossos sentidos recebem, ou seja são condicionados exteriormente trazendo pra dentro de nós.

Para os gregos a significação de sensação deriva da palavra AISTHESIS , que é a capacidade de PERCEBER.  Mais tarde, todos os estudos mostraram que as sensações não eram suficientes para dar significado a algo, e então a razão tem a função de fazer com que essas informações confusas adquiridas pelas sensações, fossem digeridas e organizadas, sendo submetidas a juízo.

Entretanto, Rousseau, um filósofo muito citado em nossos textos traz uma outra forma de analisarmos essa questão, dizendo que "é preciso formar um homem sensível para que ele pudesse ser racional". Nessa perspectiva, objetiva e pura entramos no ponto chave do laço de hoje.
Quando nos colocamos na brecha de percebermos, somos capazes de analisar criteriosamente a situação pela qual passamos.

Sensibilidade também é conhecimento; caminha na mesma via da moral e da ética, é o nosso acesso ao mundo externo do corpo, pelo qual estabelecemos uma relação, é a maneira como percebemos o mundo. É a disposição de dar atenção a tudo e todos ao nosso redor, logo, é conhecimento, por nos motivar a buscar um porque, e essa mesma disposição nos leva até os meios da razão, que é a transformação da informação adquirida primeiramente pelos nossos sentidos, sendo apurada pela razão, que é a capacidade da mente que permite chegar à conclusões.

Sensibilidade é diferente de romantização, o romance vem da fantasia, mas a sensibilidade vem de dentro, da empatia, de se doar, de ver a partir da perspectiva do outro também, é pensar fora da caixa, que; parafraseando de Cortella " porque estamos acomodados ao que somos e digo também ao que vemos, é no e o outro que nos ensina e nos liberta das nossas amarras, âncoras e ainda mais das nossas razões. E sabe porque? 



Por que estamos cegos, não dos olhos, mas da
alma.

Incapazes de sentir, trancam-se dentro de uma análise pura e unicamente racional, dominados pelo ego. Estes, tornam-se seres bem informados, mas não verdadeiros conhecedores.

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