Quem quer, se faz presente

As pessoas não se preocupam mais com as outras e, assim como um plástico solto no chão torna-se descartável, pessoas, sentimentos e histórias também. Vivendo de forma líquida, o que era pra ser sólido definha, tentando superar a barganha pela qual nos expomos, fazendo dessas relações como custo-benefício, almejando o lucro que aquela relação irá trazer. Queremos usufruir de tudo que uma pessoa pode nos oferecer e quando temos certeza de que "sugamos" tudo dela trocamos por outra no "mercado da vida". 

Condição essa, recorrente de uma sociedade individualista, que transformam pessoas em mercadorias para satisfazer seus gostos, anseios e, por vezes, vazios. E o medo de que o outro faça parte de mim impede a construção de laços; pois, a partir do momento que o outro "vive" em mim, me demanda tempo, noites sem dormir pela preocupação; tudo isso porque estamos caminhando para uma construção perene, vivendo uma interação com outrem. 

Pessoas prontas são limitadas, porque se obrigam a apenas repetir. Assim tem acontecido com nossas relações; pois não é a partir de pessoas e sentimentos prontos que o amor encontra significado, mas sim quando se é vivido desde sua gênese.

Então não apenas gastem tempo em suas interações relacionais, mas tenham tempo de qualidade com elas!



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