Não jogue a água suja da banheira com o bebê dentro!!!!



Estudar muito e não ser aprovado. Casar pensando que teria um tipo de vida e depois perceber que não é nada disso.  Cultivar uma amizade e depois de um tempo nem se falarem mais. Se dedicar ao trabalho e ver outra pessoa recebendo aumento. Depositamos nossa confiança, afeto e atenção em algo, alguém ou situação e então somos surpreendidos com o não cumprimento de tais. Essas são situações que podem frustrar. Dá para evitar este tipo de situação? Ás vezes não. Nem tudo depende de nós. Então pensamos, meu mínimo basta, porque  sei como será, nem vou criar expectativas quanto á isso...E palavras como  "tudo", "todos", "sempre", "nunca", "ninguém", "nada", são extremamente perigosas, e estamos tão acostumados a utilizá-las que nem nos damos conta que elas tem um significado de totalidade.  Infelizmente torna-se comum ver pessoas  na retaguarda,  na recusa, na superfície,  por medo de se decepcionar, e então a tendência ou melhor, compreende que a solução é colocar  “TUDO” como se fosse igual e não criar expectativas para que não haja frustração. Tende a prever todas as ações, respostas e comportamentos das pessoas que estão á sua volta, porque em algum momento houve decepção então prefere nem se aprofundar.
De forma mais ou menos consciente, estamos a construir uma imagem das pessoas que nos rodeiam, criada não só através daquilo que observamos e analisamos nos outros, mas também através da nossa percepção individual, ou seja, dos “filtros” que desenvolvemos ao longo das nossas vidas (associados com a imaginação, sentimentos, emoções e experiências anteriores).não só através daquilo que observamos e analisamos nos outros, mas também através da nossa percepção individual, ou seja, dos “filtros” que desenvolvemos ao longo das nossas vidas (associados com a imaginação, sentimentos, emoções e experiências anteriores).
Filosoficamente falando, quando se generaliza  estamos correlatando algo, que inferido dá como resultado a atribuição dessas mesmas propriedades a tudo, por julgar serem similares. Isso é uma estratégia de raciocínio, porém não uma realidade, levando em conta as constantes mudanças que vivemos tanto pessoais, temporais, quanto circunstanciais, sendo ainda uma definição de espírito que compara qualidades comuns e despreza as diferenças, ou melhor, uma situação que observa ser inicialmente parecida com alguma anterior, então deduz-se o fim.
Mas porque não pensarmos que pode ser diferente pelo menos uma vez?
Assim como uma moeda tem seus dois lados, situações que nos acontecem na vida também têm o seu lado bom, apesar de muitas vezes parecer diferente. A dor, o ressentimento, a frustração são sentimentos que de fato não gostamos de sentir, mas nos privarmos de dar o nosso melhor para que algo aconteça, regredimos. Sim regredimos, pois estamos tentando ser responsáveis pela ação de terceiros que não depende de nós. Mas se os nossos olhos ficarem fitos no “isso sempre acontece”, “nunca dará certo”, “mais cedo ou mais tarde todos vão embora”, limitamos e generalizamos nosso olhar, excluindo a possibilidade de a história não se repetir, não percebendo que alguns se foram mas ainda tem alguém que escolheu ficar. Precisamos estar abertos para novas experiências, independentes se elas nos decepcionarem ou não. Viva. Permita-se.


Imagem: billmarshjr.com




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